quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Entrevista: Senac de Sergipe vive os seus melhores dias


Senac de Sergipe vive os seus melhores dias                   

Há seis anos à frente do Departamento Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em Sergipe, o pedagogo Paulo do Eirado Dias Filho imprime ritmo acelerado na administração da entidade, que vive os melhores momentos dos seus quase 70 anos de funcionamento em nosso Estado. Com propostas inovadoras e um portfólio de cursos totalmente diferenciados, o Senac tem ampliado o seu leque de atendimento à clientela, tanto na capital como no interior sergipano.
Em Aracaju, cinco novos pontos de apoio foram locados, especialmente em prédios de estabelecimentos de ensino que deixaram de funcionar, a fim de atender a sua enorme clientela com mais conforto e dignidade. A instituição também está realizando uma série de modificações no seu Centro de Formação Profissional (CFP), na avenida Ivo do Prado, 564, para dotá-lo de melhores condições de funcionamento.
De acordo com Paulo Eirado, o interior sergipano também é beneficiado com os cursos de formação profissional do Senac, já que a entidade possui CFPs nos municípios de Lagarto, Itabaiana e Tobias Barreto, que atendem várias cidades das regiões Sul, Centro Sul e Agreste de Sergipe. Para ampliar ainda mais o seu leque de atendimento no interior, novas unidades da instituição estão sendo construídas nos municípios de Estância e Nossa Senhora da Glória.

Entrevista
RF: Quando e em que cidade o senhor nasceu e quem são os seus pais?
PEDF: Nasci na cidade de Salvador (BA), no ano de 1957. Sou filho de Paulo do Eirado Dias (já falecido) e de Zélia Tereza de Almeida Dias, ambos baianos. Meu pai foi comerciante do setor lojista de discos e ela professora da Rede Estadual de Educação, já aposentada.

RF: Qual a sua formação profissional?
PEDF: Sou técnico em Mecânica pela antiga Escola Técnica Federal da Bahia. Após concluir o curso, ingressei em Engenharia Civil, na UFBA, mas não conclui os estudos. Paralelamente, fiz formação em Programação de Computadores na Faculdade de Administração da Bahia/Odebrecht e me formei em Pedagogia na Faculdade São Luís de França, em Sergipe e pós-graduação em Pedagogia Empresarial, na mesma faculdade.

RF: Como e onde o senhor começou a trabalhar?
PEDF: Com 15 anos de idade, comecei a ajudar meu pai nas suas atividades comerciais. Quando do seu falecimento, eu estava com 16 anos e fui trabalhar como vendedor de discos, procurando dar continuidade à atividade que ele exercia. Tal experiência precoce durou pouco mais de um ano. Após, ingressei na Faculdade de Engenharia e já no primeiro ano, comecei a trabalhar como Programador de Computador no Banco Econômico. A partir daí, trabalhei 23 anos na área de informática, tendo exercido importantes cargos nessa profissão em empresas como Banco Econômico, em Salvador e São Paulo, Caraíba Metais (BA), Propeg (SP) e Assembleia Legislativa de Sergipe.

RF: O senhor já trabalhou em alguma entidade do Sistema “S”?
PEDF: Sim. Tive a honra de exercer o cargo de Diretor Administrativo/Financeiro/Educacional do Sebrae (SE) durante seis anos.

RF: Em Organizações Não Governamentais (ONGs), o senhor chegou a atuar?
PEDF: Por determinados períodos desenvolvi atividades na Via Láctea (BA), Instituto Ingá-Poca, Instituto Social Micael (SE e PI), Associação Pedagógica Micael, Junior Achievement, Comissão de Produção Orgânica do Estado de Sergipe – CPOrg/SE, Instituto de Pesquisas Tecnológicas e Inovação – IPTI e Movimento competitivo Sergipe - MCS, estes últimos em Sergipe.

RF: Como é que o senhor chegou ao Senac de Sergipe?
PEDF: Ao encerrar meu mandato na Diretoria do Sebrae, em 2009, recebi o honroso convite do então presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Hugo Lima França, para ocupar a vaga de Diretor Regional do Senac, uma vez que esta integra o Sistema Fecomércio. Ingressei imediatamente na instituição, que tão bem me recebeu e tenho muita gratidão por poder desempenhar essa missão.

RF: Como é trabalhar no Senac?
PEDF: É uma entidade que tem uma folha de serviços prestados invejável. Nos seus quase 70 anos de existência, propiciou oportunidade de formação profissional a centenas de milhares de sergipanos, trabalhadores do comércio de bens, serviços, turismo e saúde. Gosto muito do desafio permanente das atividades do Senac e agradeço a equipe talentosa e disposta que encontrei na instituição; e que tem ampliado nesses cinco anos que compartilho da gestão.

RF: Quais são os principais cursos da grade curricular do Senac?
PEDF: Os Cursos Técnicos de carga horária acima de 800 horas/aula são os principais. Temos hoje, cerca de 70 turmas de diversas formações técnicas em andamento, com destaque para Rádio e TV, Logística, Recursos Humanos, Eventos, Enfermagem, Nutrição e muitos outros.

RF: Quais são os maiores parceiros do Senac, em termos de realização de cursos?
PEDF: Hoje, o Pronatec, do Governo Federal é o nosso principal demandante. O Governo do Estado, através de várias secretarias, a Fundat e as prefeituras do interior sergipano, são grandes e frequentes parceiros, levando cursos de formação profissional para as pessoas com pouca renda, objetivando melhorar o padrão de vida delas.

RF: Quais os cursos mais procurados pela clientela Senac?
PEDF: Os eixos de Hotelaria, Imagem Pessoal e Gestão possuem grandes demandas. Ou seja, Cursos de Cozinheiro, Salgadeiro, Cabeleireiro, Informática, dentre outros.

RF: O Curso de Informática do Senac continua sendo o carro-chefe da entidade?
PEDF: É a área mais procurada. Embora tenhamos cursos avançados, além de programação de computadores e games, os cursos básicos são os mais procurados. Entendemos que o Senac tem que ser o abrigo dos que precisam se qualificar para ter acesso ao emprego, especialmente o primeiro emprego formal, capaz de modificar para sempre o rumo do cidadão ao longo de sua vida.

RF: Os cursos de Garçom e Cozinheiro são muito procurados pela clientela Senac. O que é que motiva isso?
PEDF: O crescimento do turismo no Estado, a exigência crescente dos consumidores com relação a segurança alimentar e a qualidade dos serviços obrigam que mais trabalhadores, que lidam com alimentação, sejam profissionalizados. Daí a procura sempre ampliada pelos nossos cursos.

RF: O Salão de Beleza-escola tem atendido sua clientela a contento?
PEDF: Brevemente estaremos inaugurando o novo salão-escola nas instalações da avenida Ivo do Prado, 564. Será um espaço moderno, em conformidade com as normas mais exigentes de segurança sanitária e ambiental. A partir dessa inauguração, estaremos prontos a ofertar educação profissional de padrão mais elevado na área para nossa clientela.

RF: O principal CFP do Senac, na Ivo do Prado, parece que ficou pequeno para atender a demanda da sua clientela. É por isso que ele está sendo ampliado?
PEDF: De fato, são cinco instalações anexas que ampliam e dão mais conforto no atendimento ao público: antigo Colégio Brasília; Rua do Turista; antiga Escola Padrão, na rua Senador Rollemberg; Faculdade Atlântico, na Atalaia e antigo Colégio do Salvador, na avenida Ivo do Prado. O aumento definitivo das instalações do Senac em Aracaju se dará com a construção da nova escola na avenida Maranhão e da Confeitaria-Escola Cacique Chá. Além disso, todas nossas instalações próprias passam por reformas para garantir total acessibilidade a pessoas com deficiência. O Senac possui também CFPs em Itabaiana, Lagarto e Tobias Barreto. Estamos construindo novas unidades em Nossa Senhora da Glória e Estância.

RF: Quantos alunos são preparados para o setor terciário anualmente?
PEDF: No ano de 2013, 27 mil alunos concluíram seus cursos no Senac. Mas, nos orgulha informar, que mais de 20 mil alunos tiveram acesso aos nossos cursos gratuitamente. Isto é, mais de 1% da população de Sergipe pode estudar no Senac, no mesmo ano, sem precisar pagar por isso.

RF: Financeiramente como é que a entidade se encontra?
PEDF: A entidade tem uma política austera de controle do orçamento. Como resultado disso, temos saúde financeira que nos garante honrar todos os compromissos assumidos e permitir investimentos constantes em nossas instalações e equipamentos necessários para modernização tecnológica, acompanhando as mais exigentes tendências do mercado e da legislação.


Entrevista publicada na Revista Fecomércio SE, ago/2014 – nº 15

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